O ministro de Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, afirmou que as Forças Armadas do país usarão armas, se necessário, para conter o que chamou de “golpe militar” contra o governo. Nesta terça-feira, 30, o autodeclarado presidente interino Juan Guaidó convocou o povo a ocupar as ruas e disse que tinha o apoio de militares para derrubar Nicolás Maduro. Padrino classificou a manobra de Guaidó como “vil, grosseira e vulgar” e disse que ação caracteriza ato terrorista.
“Se for preciso usar armas para defender esses princípios, as usaremos. Tenho certeza que esse ato buscava o derramamento de sangue nas ruas de Caracas”, alertou o ministro.
“Um reduzido grupo decidiu sequestrar alguns veículos da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), armamentos e munições”, declarou Padrino.”Pegaram armas de guerra, fuzis e metralhadoras, apontando para as vias (…) É uma tentativa de golpe de Estado, sem dúvida alguma, de magnitude medíocre porque, entre outras coisas, todos os soldados que participaram do movimento foram enganados”, acrescentou.
Os insurgentes são oficiais da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) e agentes de órgãos de segurança. Segundo o ministro, parte dos integrantes do movimento iniciado por Guaidó na madrugada já foi derrotada.
Segundo o ministro, os quartéis de todo o país estão funcionando normalmente, e a FANB está coesa na missão de defender os “princípios humanistas” previstos na Constituição.
Padrino responsabilizou os opositores de Maduro pelos atos violentos ocorridos hoje em Caracas.
“Vocês são responsáveis por todas as mortes que acontecerem, por todo derramamento de sangue que ocorrer a partir deste momento. São os senhores que estão propiciando golpes de Estado, usando os militares. Não se chega ao Palácio de Miraflores (sede do governo) pela violência”, criticou o aliado do presidente Nicolás Maduro.
Ao lado de vários integrantes do Alto Comando Militar da Venezuela, Padrino terminou o discurso com um lema: “Leais sempre, traidores nunca”
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