terça-feira, 30 de abril de 2019

Ex-diretor da Petrobras, Renato Duque pede novo depoimento na Lava Jato

O juiz federal Luiz Antonio Bonat, da 13ª Vara Federal de Curitiba, autorizou novo interrogatório do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. O magistrado marcou para o dia 2 de setembro o depoimento de Duque na ação penal sobre lavagem de uma propina de R$ 2,3 milhões de contratos da estatal e que teria sido direcionada a pedido do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, para a Editora Gráfica Atitude, de São Paulo.

Renato Duque, preso desde março de 2015, já acumula condenações em oito ações penais da Lava Jato, que somam penas de 121 anos, cinco meses e 23 dias de reclusão. Na decisão, o magistrado anotou que o processo “aguarda sentença há bom tempo”.

Segundo os defensores, o ex-dirigente da estatal já colaborou em cinco ações penais da Lava Jato. “Deseja ser reinterrogado por esse Juízo, a fim de cooperar na elucidação dos fatos criminosos dos quais participou ou possui conhecimento, detalhando com exatidão todos os meandros dos delitos”, afirmou a defesa.

Na primeira vez em que pediu para ser interrogado de novo, Renato Duque mirou no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No depoimento, ele declarou que Lula “tinha pleno conhecimento de tudo, tinha o comando” do esquema de corrupção instalado na estatal petrolífera.

O ex-diretor relatou ao juiz federal Sérgio Moro três encontros pessoais com o petista, o último em 2014, quando a Operação Lava Jato já estava nas ruas. No último deles, Lula teria indicado que Duque não poderia ter irregularidades em seu nome através de contas no exterior e que iria conversar com a então presidente Dilma sobre problemas na estatal.

Lula nega os fatos relatados pelo ex-dirigente.

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