Na Itália, partidos rivais chegaram a um acordo sobre a construção de um novo governo e evitaram que novas eleições fossem convocadas. Depois de dias de tensão, o Partido Democrático, de centro-esquerda, e o antissistema, Movimento Cinco Estrelas, concordaram com o nome do antigo primeiro-ministro, Giuseppe Conte, para reassumir o cargo e liderar a coalizão.
Conte não era a primeira opção dos democratas mas, depois que o Cinco Estrelas ameaçou abandonar as negociações, na última terça-feira (27), caso o nome dele não fosse aprovado, não houve alternativa.
O prazo para que os partidos chegassem a uma resolução sobre o novo governo foi adiado pelo presidente Sergio Matterella algumas vezes antes que a data final fosse imposta nesta quarta-feira (28).
O acordo frustra Matteo Salvini, líder do partido A Liga, de extrema direita, que defendia a realização de novas eleições com o objetivo de se tornar o novo premiê. Ele foi o responsável por articular a dissolução da coalizão entre seu partido, a Liga, e o Movimento Cinco Estrelas, o que obrigou o então primeiro-ministro, Conte, a renunciar ao cargo para evitar uma nova disputa eleitoral.
Nesta terça-feira (27), Salvini afirmou que o acordo entre os partidos vai contra a vontade popular, que só poderia ser medida por meio de eleições.
Os democratas temiam não só a extrema-direita de Salvini, mas também o líder do próprio Movimento Cinco Estrelas, Luigi Di Maio. O representante do Partido Democrático, Nicola Zingaretti, afirmou que o acordo é uma maneira de acabar com o rancor em relação aos rivais do Cinco Estrelas e uma “tentativa de vencer o medo com a esperança”.
O presidente italiano, que permitiu as negociações entre os partidos, convidou Conte para um encontro nesta quinta-feira (29) para conversar sobre o novo governo.
*Com informações do repórter Renan Porto
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