O Senado pode criar uma CPI para investigar o crescimento do desmatamento e dos índices de queimadas na Amazônia. O autor do pedido de criação, senador Randolfe Rodrigues (Rede), já conseguiu o número mínimo necessário de assinaturas. Até a noite desta terça-feira (27), 30 senadores de pelo menos 10 partidos diferentes já tinham apoiado o requerimento.
Segundo Randolfe, a CPI procuraria identificar se os recentes fatos “estão relacionados a ações ou omissões governamentais, especialmente na aplicação de recursos para a prevenção, controle e fiscalização”. Para o líder da Oposição, é preciso encontrar responsáveis pela atual situação.
Cabe ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, decidir se instala ou não a CPI. A possível criação da Comissão gerou polêmica e até um princípio de bate-boca no plenário. O líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) citou outras épocas em que houve aumento nas queimadas e disse que vê a proposta como um oportunismo.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, criticou a recusa do governo aos US$ 20 milhões oferecidos pelo G7 para investir na preservação da Amazônia. Para ele, o presidente Jair Bolsonaro levou a questão para o lado pessoal pelas desavenças com o presidente francês Emmanuel Macron. Para Maia, o Brasil não está em condições de recusar ajuda.
Ele também diz ter boas expectativas de o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, aceitar a proposta dele de reservar R$ 1,2 bilhão do fundo da Petrobras para investir na Amazônia.
O Congresso instala nesta quarta-feira uma Comissão Mista de Mudanças Climáticas para debater a atual situação da Amazônia. O colegiado vai ser formado por 11 deputados e 11 senadores e vai ter caráter permanente.
*Com informações do repórter Levy Guimarães
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