O presidente Jair Bolsonaro (PSL) chamou de “esmola” a ajuda do G7 para combater as queimadas na Amazônia. O grupo, que reúne as maiores economias do mundo, ofereceu US$ 20 milhões para ajudar o Brasil a controlar os incêndios. Durante uma transmissão nas redes sociais nesta quinta-feira (29), Bolsonaro afirmou que muitos países tentam comprar o Brasil a prestação.
“Tivemos um encontro, na terça-feira, com os governadores da região amazônica. E ali só um falou em dinheiro. Aquela esmola oferecida pelo Macron… O Brasil vale muito mais que US$ 20 milhões, pelo amor de Deus. Eu havia dito, há poucas semanas, que alguns países europeus estavam comprando o Brasil à prestação”, disse. Ele também amenizou a gravidade das queimadas e disse ser falso que a floresta estava em chamas.
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, que também participou da transmissão, parabenizou a atuação das Forças Armadas para controlar as queimadas. “A ação das Forças Armadas, imediada, pronta resposta, altamente competente, trabalhando em cima desses focos de incêndio e debelando a maioria deles. Isso aí também não quer dizer que não vá acontecer uma volta em alguns pontos, mas a ação das Forças Armadas foi absolutamente eficiente”, comemorou.
Em um evento, também nesta quinta-feira (29), o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que o governo federal errou no combate às queimadas na Amazônia. “Cometemos erros, sim. Todos os anos nós sabemos que agosto, setembro e outubro são meses de seca e de queimadas. É igual 7 de setembro: a gente sabe que tem todo ano. Queimada também tem todo ano. Compete aos entes governamentais em todos os níveis travarem o combate às ilegalidades cometidas neste momento.”
Mourão também comentou que certas práticas da população contribuem para a ocorrência de incêndios e que o governo pode intervir.
No mesmo dia, o Palácio do Planalto informou que nove ministros viajarão para Belém e Manaus, na semana que vem, para reuniões com governadores da região. O governo federal quer discutir com os estados medidas de combate às queimadas, preservação da floresta e desenvolvimento econômico. A comitiva será comandada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, levantou a possibilidade de organizar uma reunião específica sobre a Amazônia durante a Assembleia Geral da ONU em setembro. Ele defendeu que a situação na região é muito séria e que a comunidade internacional devia se mobilizar fortemente para apoiar os países da Amazônia com o objetivo de acabar com os incêndios.
*Com informações da repórter Natacha Mazzaro
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