O setor de turismo foi um dos mais afetados pela pandemia da Covid-19. O efeito dominó carregou diversas áreas embutidas neste rol como aviação, hotelaria, receptivo, locação, compras, entretenimento, alimentação, entre outros.
Com um ramo tão combalido, já há questionamentos se empresas ligadas a este campo, conseguirão honrar seus compromissos. Quem comprou a passagem ou pacote também fica apreensivo. Casos como do empresário Fernando Eliçagaray se tornam comuns.
Fernando e a esposa iriam fazer um curso nos Estados Unidos. Tudo foi marcado com boa antecedência, mas o casal viu o fechamento de fronteiras de diversos países, inclusive do destino escolhido. Ele vê a proibição da entrada de brasileiros por lá com serenidade, entretanto, não sabe ao certo quando poderá decolar.
Assim como Fernando Eliçagaray, muitas pessoas já haviam planejado e adquirido viagens antes da proibição de circulação e dos cancelamentos dos milhares de voos espalhados pelo mundo. As empresas veem seus caixas evaporarem aumentando o risco de quebra.
O ex-secretário nacional do consumidor, Arthur Rollo, orienta os clientes sobre como agir diante deste novo panorama. O advogado alerta que a empresa deve ser comunicada sobre a interrupção, assim como a operadora do cartão de crédito, se o pagamento foi efetuado por este meio.
A professora de turismo da Universidade de São Paulo, Mariana Aldrigui, destaca que as empresas do setor precisam de uma atenção especial. “O Setor foi provavelmente o mais fortemente afetado pela pandemia no mundo todo e tende a ser o último a receber as autorizações formais para retomada das atividades. Com isso, há um risco de algumas empresas perderem fôlego e precisarem de ajuda do governo federal, especialmente para crédito.”
Os órgãos de defesa do consumidor advertem para a venda de pacotes turísticos por um valor muito abaixo do normal e sobre o perigo de golpes. É imprescindível pesquisar a idoneidade das empresas ou companhias aéreas, procurar saber se estão sólidas e confiáveis.
É importante também verificar se oferece um prazo maior para a utilização. Os viajantes devem ainda buscar a todas as notícias e informações sobre o destino da viagem, e como a região escolhida foi atingida pela pandemia.
*Com informações do repórter Daniel Lian
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