O Reino Unido entra na sua décima semana de quarentena com a sensação de que a vida está retomando alguma normalidade. As escolas da Inglaterra começam a ser reabertas hoje sob críticas e desconfiança de parte considerável dos país.
A retomada das aulas por aqui é parcial — apenas as crianças que estão iniciando a vida escolar, de 4 a 6 anos de idade, e que frequentam o 6º ano, com 10 a 11 anos de idade podem regressar.
Mesmo para esses grupos a volta é parcial: com as medidas de distanciamento social as classes podem ter no máximo 15 alunos. Como as escolas não têm estrutura para isso, mesmo as crianças que já podem voltar terão aulas presenciais apenas em dias alternados.
E também pesa o fato de que na Grã Bretanha a decisão final não é do governo — mas das autoridades distritais. Então, na prática, diversas escolas decidiram que ainda não estão prontas para voltar e as aulas seguem suspensas, mesmo com a decisão de Boris Johnson.
Hoje também passa a valer a nova flexibilização da quarentena que permite encontro com amigos e parentes ao ar livre e em grupos de no máximo seis pessoas. Na prática a situação é diferente: com o tempo bom e o calor por aqui a sensação é de que a quarentena já acabou.
Os parques e ruas de Londres estão lotadas de gente — só o comércio e os escritórios que ainda permanecem fechados. As aglomerações vistas neste final de semana levantaram críticas contra o governo conservador, que estaria encerrando a quarentena cedo demais.
Para alguns especialistas que integram o próprio gabinete de Boris Johnson o risco de uma segunda onda de contaminações ainda é elevado.
Já os adversários políticos do primeiro-ministro afirmam que a quarentena foi relaxada para aliviar o escândalo envolvendo o principal assessor dele, Dominic Cummings, que foi flagrado descumprindo as regras de distanciamento social no auge da pandemia.
O Reino Unido tem hoje cerca de 38.500 mortes confirmadas por covid-19 e 275 mil casos confirmados até agora.
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