A cidade do Rio de Janeiro começa, nesta terça-feira (2), uma reabertura das atividades econômicas que terá seis fases. Entre as variáveis consideradas para a retomada está a oferta e ocupação de leitos e a curva da doença. As variáveis que embasaram os critérios adotados serão monitoradas diariamente e reavaliadas a cada 15 dias.
Se tudo der certo, em agosto, a cidade estará perto do novo normal. Nesta terça-feira poderão reabrir concessionárias de carros, lojas de móveis, lojas de decoração, entre outros. Também estão liberadas atividades na orla, atividades aquáticas individuais no mar, atividades em centros de treinamento e até celebrações religiosas.
A Prefeitura do Rio de Janeiro admite que o afrouxamento do isolamento social pode provocar uma escalada na curva da Covid-19. Mas garante que tem estrutura para atender um eventual aumento de demanda. O prefeito Marcelo Crivella disse que o distanciamento social não pode se estender por tempo indeterminado.
“Se nós considerarmos as pessoas que estão falecendo com outras comorbidades, não temos tempo para esperar 80% da população estar imunizada. O número de óbitos por outras comorbidades aumentou muito. Nós precisamos começar agora porque estamos perdendo muitas vidas.”
A reabertura das atividades no Rio de Janeiro divide opiniões de especialistas da saúde. O infectologista Miguel Haddad alerta para o risco de uma reabertura em um período em que estamos nos aproximando do inverno. “Nesse período temos uma maior circulação do vírus da gripe que aumentam em mais de 50% o número de casos, aumenta internação e leva a óbitos também”, destacou.
Em contrapartida, o também infectologista Edmilson Migowski, acredita que a abertura pode ser uma boa oportunidade. Ele considera que é necessário avaliar passo a passo e entender o comportamento da pandemia.
O Estado do Rio de Janeiro também pensa em flexibilizar as regras de quarentena a partir da semana que vem. A expectativa é que dois hospitais de campanha sejam abertos ainda nessa semana. Ao todo, o Rio registrou, até o momento, 54530 casos da Covid-19 e 5.462 óbitos pela doença.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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