quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Com ‘história de vida belíssima’, aprovação de Kassio Nunes pelo Senado pode ser unanime, avalia senador

A possível escolha do desembargador Kassio Nunes Marques, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), para ocupar a vaga do ministro Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal (STF) agrada – e muito, o senador Marcelo Castro (MDB-PI).  O parlamentar vê com bons olhos a provável indicação do presidente Jair Bolsonaro e acredita que o candidato possui “notório saber jurídico” para ocupar o cargo. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta quinta-feira, 1º, o senador destacou momentos do que ele chama de “belíssima história de vida” do desembargador, reforçando seu apoio à escolha e a total competência de Kassio Nunes para a vaga no Supremo. “Ele é filho de um casal de professores que morava no subúrbio, que pegava ônibus para poder estudar, sempre bom aluno, foi advogado por algum tempo, foi professor universitário. Ele se formou na Universidade do Piauí, fez mestrado na Universidade de Lisboa, doutorado na Espanha e pós-doutorado em direito constitucional na Itália. É uma pessoa que tem um currículo muito amplo e tem dotes de personalidade muito importantes”, destaca.

No entanto, neste momento, não há consenso sobre a indicação de Kassio Nunes entre os membros do Senado Federal. Ao mesmo tempo que outros senadores, assim como Marcelo, defendem a indicação, parlamentares questionam se a possível escolha partiu do presidente ou foi fruto de uma influência. Entretanto, de qualquer forma, a decisão ainda não foi formalmente anunciada e, mesmo após oficialmente escolhido, o atual desembargador deverá passar por uma sabatina no Senado. Sobre a possibilidade, Marcelo Castro afirma com tranquilidade que não há motivos para a rejeição do desembargador pelos senadores. “Não tenho a menor dúvida que passaria com tranquilidade. Ele tem uma história de vida belíssima, é uma pessoa muito equilibrada, é um conciliador sem deixar de ser uma pessoa de caráter reto e de princípios. Se o presidente escolha uma pessoa que tem essas qualidades, o Senado vai fazer o que? É necessário que o Senado tenha algum passado que o desqualifique [para o cargo], mas não é o caso de Kassio. Toda sua história o credencia para ser ministro do Supremo.”

Ao ser questionado sobre qual seria a posição dos senadores caso a escolha seja de uma pessoa mais conservadora, Marcelo Castro afirmou que, embora seja “difícil prever”, acredita que o Senado Federal apresentaria objeções apenas se “na trajetória de vida tenha alguma coisa que traga alguma dúvida”, reforçando novamente os pontos positivos da carreira do desembargador. “O Dr. Kassio tem uma história de vida sem traumas, conflitos. É uma pessoa bem relacionada que labutou desde cedo pela vida e cresceu por causa da sua luta. Tem uma vida limpa, correta, é um homem de caráter. O Senado ficaria contra ele por quê? Se ele foi um bom professor, um bom estudante, então não há um fator determinante [para a rejeição]. Acho que pelo que conheço do Senado, ele passaria com unanimidade”, afirmou.

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