O comediante Vladimir Zelenski e o atual presidente Petro Poroshenko foram os candidatos mais votados nas eleições presidenciais deste domingo na Ucrânia, e devem disputar o segundo turno em 21 de abril, conforme indicam pesquisas de boca de urna.
De acordo com a empresa TSN, Zelenski obteve 30,1% dos votos e Poroshenko, 18,5%, enquanto a ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko ficou na terceira colocação, com 14%, informou a emissora de televisão ucraniana “1+1”.
Logo após conhecer os resultados das pesquisas de boca de urna, Zelenski se pronunciou em um dos seus redutos e agradeceu os ucranianos que o apoiaram “não de brincadeira”, mas de forma séria. O comediante faz o papel de um presidente “de mentira”.
Poroshenko, por sua vez, pediu o apoio dos eleitores do seu oponente no segundo turno.
“Gostaria fazer um apelo aos jovens, aos que têm menos de 30 anos. Tenho plena noção dos desejos de vocês por mudanças qualitativas. Temos que nos unir e não perder tempo. Entendo as razões de vocês e peço que me escutem também: tudo o que fizemos nos últimos cinco anos foi para os jovens, para a geração futura”, afirmou em entrevista coletiva.
Ele ainda agradeceu os eleitores que o apoiaram, mas lembrou que “esta ainda não é uma vitória, e sim um grande passo para ela”.
Poroshenko estava muito atrás nas pesquisas no início da campanha, mas o incidente naval com a Rússia no Mar Negro, em novembro, e a fundação de uma Igreja Ortodoxa independente de Moscou fizeram com que ele subisse nas pesquisas.
De acordo com a legislação vigente, Zelenski enfrentará Poroshenko dentro de três semanas. Em princípio, o ator de 41 anos parte como favorito, mas especialistas consideram que a máquina financeira e organizacional presidencial a serviço de Poroshenko poderiam favorecê-lo.
O resultado das eleições presidenciais da Ucrânia definirá as possibilidades de uma entrada na Otan e na União Europeia (UE) e como serão as relações entre a Rússia e Ocidente.
Tanto Zelenski quanto Poroshenko são pró-ocidentais e defendem a entrada da Ucrânia na UE.
*Com EFE
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