O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse, nesta quinta-feira (27), que todas as bagagem e aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) precisam passar por revista. Em pronunciamento sobre a prisão do sargento com 39 kg de cocaína, ele afirmou que até mesmo as suas malas são revistadas antes de ele entrar na aeronave.
“Tá certo, seria uma falha nossa. Nossos aviões todos são revistados, inclusive a minha bagagem é revistada, eles nunca falaram pra mim, assim ‘Presidente, posso revistar sua bagagem?’. Eles já sabem que é para revistar e ponto final, não tem problema, tem que revistar”, disse o presidente, reforçando a fala do porta-voz da Força Aérea brasileira, major Daniel Oliveira, que disse que existe um procedimento de segurança adotado pela FAB para missões de traslados.
“O praxe é que os tripulantes passem por uma revista, existe um controle, seja dos tripulantes como também das bagagens”, afirmou. Porém, questionado diversas vezes, o porta-voz não disse se a aeronave na qual embarcou o sargento passou por essa inspeção. Segundo ele, a informação está sob sigilo, mas foi instaurado um inquérito policial militar, com previsão de durar até 40 dias, prorrogáveis por mais 20, para investigar o caso.
O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, classificou a apreensão como um “fato isolado” dentro das Forças Armadas. Ele disse que houve quebra de confiança e que o militar envolvido vai receber um julgamento duro. Ele também prometeu mantem a população informada sobre o caso. “Tudo o que puder ser divulgado, que não comprometer o curso das investigações, será divulgado. O militar será julgado sem condescendência pela Justiça da Espanha e pela própria Justiça brasileira”, disse.
O presidente em exercício, general Hamilton Mourão, defendeu Bolsonaro. “Fica muito claro que aquela tripulação não tem nada a ver com a tripulação do presidente da República, tem um inquérito aberto pela Força Aérea, tem a própria investigação da polícia espanhola que quer saber para quem seria destinada aquela quantidade de droga e, no nosso caso, ver se tem algumas outras ligações aqui no Brasil.
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, disse que não acredita que o caso vai manchar a imagem do Brasil no exterior. Para ele, o país deu “azar” de isso ter acontecido bem às vésperas do encontro do G20. “Podia não ter acontecido, né. Foi uma falta de sorte acontecer exatamente na hora de um evento mundial. Acaba tendo uma repercussão que poderia não ter tido, foi um fato muito desagradável para todo mundo”, disse.
O ministério da Defesa ainda não decidiu se vai pedir a extradição do sargento, porém vai continuar recebendo o salário de R$ 7.200 até ser julgado pela Jutiça militar. Ao mesmo tempo, ele é investigado separadamente pela polícia espanhola.
*Com informações do repórter Levy Guimarães
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