A Vale confirmou que realizou duas explosões no Complexo da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, no dia em que a barragem se rompeu. O diretor especial de Reparação e Desenvolvimento da mineradora explicou que ambas ocorreram após a tragédia.
Segundo Marcelo Klein, as bombas foram detonadas às 13h33 e 14h30 nas minas Córrego do Feijão e Jangada, respectivamente. A declaração do diretor confirma um dos depoimentos concedidos nesta semana durante a CPI de Brumadinho, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
O aplicador de explosivos Edmar de Rezende alegou que a explosão foi coordenada por ele às 13h33, o mesmo horário apontado por Klein. Já o mecânico Eiichi Pampulini afirmou que a detonação ocorreu entre 12h20 e 12h40.
A foto de uma placa também mostra que uma explosão estava agendada entre 11h e meio-dia na mina Córrego do Feijão. A veracidade da imagem foi confirmada por funcionários ouvidos na CPI de Brumadinho.
O rompimento da barragem B1 aconteceu no dia 25 de janeiro, ás 12h28.
Nesta semana, a Polícia Civil confirmou que houve uma explosão na mina da Jangada, que fica no mesmo complexo porém distante da estrutura que colapsou. As investigações mostraram que a detonação ocorreu antes da tragédia, mas não conseguiram estabelecer se isso influenciou o rompimento.
Um dia depois que o desastre completou 5 meses, a Vale informou que concluiu 49 acordos individuais de indenizações e 192 acordos preliminares trabalhistas com representantes de funcionários.
A empresa também anunciou que vai gastar quase R$ 2 bilhões em obras para garantir a segurança das estruturas remanescentes na mina Córrego do Feijão.
*Com informações da repórter Nanny Cox
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