Nesta terça-feira (27), o Congresso Nacional instala a Comissão Mista Permanente de Mudanças Climáticas, que tem como objetivo principal, no momento, debater a situação na Amazônia. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deve participar da primeira reunião junto ao presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Ontem (26), durante uma palestra organizada pela Câmara de Comércio Brasil-França, em São Paulo, Maia atribuiu o aumento dos desmatamentos à narrativa de Jair Bolsonaro (PSL). O deputado conversou com empresários e defendeu as relações centenárias entre os dois países.
Quanto à crise envolvendo a Amazônia, Maia acredita que o tom do presidente da República gerou a sinalização errada. “Quando ele questionou os dados do Inpe acho que ele gerou uma insegurança nos parceiros comerciais brasileiros, porque todo mundo vê a floresta Amazônica como um patrimônio da humanidade. É muito sensível qualquer coisa que aconteça naquela região”, afirmou.
“E quando você, como eu falei, faz uma narrativa dizendo que, de fato, o Estado brasileiro passou a intervir demais na vida do cidadão, isso não significa que uma pessoa que desmate que não vai sofrer as penas da lei. Por isso que eu digo que ele não quis dizer o que eu acho que alguns interpretaram como, vamos dizer assim, alguma liberdade para desmatar no Brasil”, continuou o presidente da Câmara.
Para Maia, o presidente da França, Emmanuel Macron, se excedeu ao ameaçar romper o acordo entre Mercosul e União Europeia (UE). O parlamentar destaca que o governo já começou atuar e que o momento econômico também contribuiu para a crise.
“O que a gente espera é que os outros países também entendam que problemas podem existir, não é o primeiro ano que tem desmatamento no Brasil, já tivemos picos muito maiores. É claro que, como eu disse, num momento de economia parada, crescer o desmatamento, crescer as queimadas, é uma sinalização muito ruim, mas acho que o governo já começou a agir, os recursos já começaram a ser liberados e se, por acaso, os recursos da Petrobras forem liberados, ai a gente passa a ter condições de agir de forma mais efetiva”, disse.
O parlamentar afirmou que Bolsonaro começou a agir de forma efetiva. O presidente da Câmara destacou o uso de militares na operação de Garantia da Lei e da Ordem para combater as queimadas na Amazônia.
*Com informações do repórter Matheus Meirelles
https://ift.tt/2ZqWFN3 https://ift.tt/2HrPe1U
Nenhum comentário:
Postar um comentário