Após a crise política que o acordo com o Paraguai sobre a usina de Itaipu causou no país vizinho, o presidente Jair Bolsonaro (SPL) indicou que o Brasil pode rever termos do tratado assinado em maio, que traz diretrizes sobre a energia da hidrelétrica até 2022.
O presidente classificou a relação do Brasil com o Paraguai como “excepcional” e disse que está disposto a “fazer justiça nessa questão da Itaipu binacional.” Bolsonaro diz que vem conversando com o presidente da parte brasileira da usina, General Silva e Luna, para resolver o assunto.
No Palácio do Planalto, o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, reforçou que reuniões já vêm sendo feitas e que o governo brasileiro está disposto a tratar do tema com os paraguaios. ” O Brasil está aberto a discussão visando o benefício de ambos o países. Estamos em posição de dialogar profundamente”, declarou.
A situação provoca instabilidade no Paraguai, onde quatro autoridades já renunciaram, incluindo o ministro das Relações Exteriores e o diretor paraguaio de Itaipu. Na semana passada, o diretor da distribuidora de energia elétrica do país também renunciou após discordar dos termos do acordo.
Desde então, protestos no Paraguai chegam pedir até mesmo o impeachment do presidente do país, Mario Abdo. Especialistas e autoridades locais apontam que o acordo traria um custo de US$ 200 milhões ao governo paraguaio.
Segundo Bolsonaro, a questão não é exatamente de “ceder” ao Paraguai, mas acertar “pequenas derivações” para que seja um acordo “meio a meio”. O governo do Paraguai já solicitou a anulação da ata assinada com o Brasil com os termos do tratado e representantes do país vizinho devem vir a Brasília renegociar o texto.
*Com informações do repórter Levy Guimarães
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