Apesar de o brasileiro ser um povo considerado conservador quando se fala em flexibilidade do espaço de trabalho, uma pesquisa feita recentemente pela Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades me chamou atenção. O estudo afirma, que desde 2016, o sistemas de trabalho home office cresceu 22%.
Efetivamente, temos sentido uma mudança nos espaços corporativos que seguem a tendência urbana cada vez mais compacta. Hoje,mais funcionários se concentram em locais cada vez menores e os escritórios open space tornaram o ambiente de trabalho barulhento, o que afeta diretamente a capacidade de concentração e aumenta o stress dos profissionais. Esse cenário traz consequências para as empresas que se perguntam sobre a real necessidade da manutenção do formato de trabalho tradicional.
A solução encontrada se reflete agora neste estudo. 45% das empresas entrevistadas afirmaram que já adotam o sistema home office e 15% avaliam a sua implementação. Dentre as empresas que adotaram a colaboração remota, 70% diz tê-lo com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de seus funcionários, 60% alega interesse em promover melhorias na questão da mobilidade urbana, 47% teve como objetivo a retenção de talentos e 36% disse estar em busca de redução dos custos com sede física, segundo a pesquisa.
Na verdade, o home office vem se mostrando extremamente vantajoso. Além de sanar as necessidades corporativas, ainda os colaboradores deixam de gastar horas no trânsito do trajeto casa-trabalho-casa. Além disso, há uma promoção do bem estar do colaborador e, todos sabem que profissionais felizes, produzem mais. Esta nova realidade, no entanto, ganhou viabilidade graças aos avanços do setor de tecnologia, que passou a oferecer soluções eficientes para a conexão de pessoas, por meio de sistemas de última geração, de fácil conexão e um ótimo custo benefício para as organizações. Devices dotados de tecnologias inovadoras, como a capacidade de isolar ruído externo, multiplar conectividade, baterias de longa duração, entre outros, foram pensados para os profissionais que estão em movimento ou precisam estar conectados a todo instante, independente de onde esteja.
No entanto, adotar o home office não é uma tarefa fácil. Mesmo que o formato encha os olhos de muitos empresários mundo afora, éimportante ter parcimônia a empregá-lo de forma gradativa. O início do processo deve considerar a busca de soluções tecnológicas que se encaixem na realidade de tamanho e necessidades da companhia. É preciso que as ferramentas possibilitem o trabalho remoto. Outra dica importante é a elaboração de um kit com itens básicos de comunicação, a fim de auxiliar o profissional na reorganização de seu cronograma e buscar alternativas para que mantenha a produtividade nessa nova etapa.
Feito isso, então é chegado o momento de elaborar a transição propriamente dita. É aconselhável escolher uma área específica e iniciar a implementação por ela, como por exemplo o setor de TI – que possivelmente estará envolvido neste processo – e, aos poucos, ampliar para outros departamentos. Ou então, selecionar um determinado número de colaboradores para testar a colaboração remota um dia por semana, alternando os setores.
Assim é possível promover a mudança no mindset da empresa, gerar impacto positivo e controlar os impactos e desafios que surgirão ao longo do processo. Afinal, é a sua empresa que está em jogo, então o cuidado, a paciência, a atenção e a dedicação são fundamentais para que o negócio prospere e siga a sua evolução de maneira saudável e rentável.
*Alexssander Camargo é especialista em devices para comunicação unificada e colaboração, e Gerente de Produtos na SigmaOne, distribuidora Jabra no Brasil.
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