O presidente Jair Bolsonaro (PSL) vai receber, nesta terça-feira (27), os governadores da chamada Amazônia Legal, que reúne os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantis e Maranhão. Ele anunciou, inclusive, que pretende transmitir a reunião pelas redes sociais.
Atualmente, na região, estão entre 2.500 e 2.700 militares atuando, quase que como brigadistas, para conter os focos de incêndio na floresta. Além disso, a região conta, hoje, com o apoio de 151 viaturas e 15 aeronaves.
Segundo o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, esses focos estão caindo, inclusive por conta da ajuda da meteorologia, já que tem chovido em alguns localidades. “São ações efetivas e a situação, repito, não está fora de controle. A situação está sob controle. É difícil? É, mas nós estamos em cima”, declarou.
Azevedo disse, ainda, que o Chile prometeu ajudar com quatro aviões e 30 brigadistas e o Equador ficou de encaminhar uma outra aeronave além de mais 30 especialistas. O local conta, também, com o apoio de 43 mil militares. Sobre a oferta de ajuda dos Estados Unidos e Israel, o ministro explicou que o ministério das Relações Exteriores é que está cuidando do assunto.
Durante a noite de segunda-feira (26), o governo disse que vai recusar a ajuda de US$ 20 milhões do G7, o equivalente a cerca de R$ 83 milhões.
O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, explicou que o trabalho será mantido pelo tempo que for necessário. “Nós torcemos para que os aspectos meteorológicos sejam favoráveis, há uma possibilidade, na semana que vem, do retorno de uma secura maior. Nós estamos prontos, portanto, para cerca de um mês e, se necessário for, por mais ainda, por todo esse efetivo.”
Macron x Bolsonaro
Questionado, o ministro da Defesa evitou comentar a troca de farpas entre Bolsonaro e o presidente da França, Emmanuel Macron, mas avaliou que houve um recuo por parte do francês. “Agora o discurso está, em vez de crítica, o discurso está em ajudar. Mudou o perfil um pouco”, afirmou.
Bolsonaro disse, na segunda-feira (26), que o Brasil não pode aceitar que Macron dispare ataques contra a Amazônia nem “disfarce suas intenções” atrás da ideia dos países do G7 para salvar a floresta como se fôssemos uma “colônia ou uma terra de ninguém.” Ainda segundo o presidente, é preciso garantir a soberania do Brasil sobre a Amazônia e suas riquezas.
*Com informações da repórter Luciana Verdolin
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