A Avenida Paulista recebeu, mais uma vez, manifestantes com camisas verde e amarelas e bandeiras do Brasil. Neste domingo (25), a pessoas foram às ruas contra a lei do abuso de autoridade, em apoio ao procurado Deltan Dallagnol para o cargo de procurador-geral da República (PGR) e pelo impeachment do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, além do ministro Gilmar Mendes.
O senador Major Olímpio (PSL-SP), presente no ato, garante que a Câmara dos Deputados já conta com 33 votos para barrar o projeto de abuso de autoridade. Ele também criticou o texto. “O projeto como um todo é uma droga, foi feito para perseguir promotor, juiz, auditor da receita e policial. Foi feito com gente querendo desmontar a estrutura de fiscalização no Brasil, é lamentável. Por isso, estamos dizendo: presidente, veta!”, pediu.
A porta-voz do Vem Pra Rua, movimento que foi um dos principais organizadores da manifestação, Adelaide de Oliveira, afirma que o veto é um compromisso do presidente Jair Bolsonaro (PSL). “Pedindo esse veto total, o que a gente está fazendo é colocando um voto de confiança que o presidente Bolsonaro vai cumprir com as promessas dele de campanha. Porque ele foi eleito em cima das pautas contra a corrupção”, lembrou.
Os manifestantes defenderam, ainda, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Nos últimos dias, algumas declarações do presidente Bolsonaro despertaram suspeitas de que a relação de ambos não vai bem, algo descartado pela deputada Carla Zambelli (PSL-SP).
“Falei com o ministro Moro, falei com o presidente Bolsonaro e a situação entre eles está tranquila. Não existe nada de grave acontecendo entre os dois. Falamos ontem, eu falei no meu Twitter o seguinte: é muito importante que o povo que está nos assistindo e nos ouvindo perceba que parte da imprensa está tentando colocar fogo, uma gasolina, em uma faísca”, afirmou.
A aproximação de Bolsonaro ao presidente do STF, Dias Toffoli, é vista como uma forma de acabar com a investigação de seu filho, senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Para o deputado Luiz Phelippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), a desconfiança é maior com o Congresso Nacional, mas a opinião pública está vigilante. “A população tem representantes dentro da máquina pública hoje. O recado é simples: esses representantes tem que honrar a voz da rua e, caso seja o Bolsonaro, caso seja os deputados, a rua está se manifestando”, disse.
O coordenador do movimento Nas Ruas, Tomé Abduch, recolheu assinaturas para o impeachment de ministros do Supremo. “Essas pessoas nessa importante instituição não representam o povo brasileiro. Nós temos muito valor pela instituição, mas Toffoli, Gilmar Mendes, Lewandowski, Alexandre de Moraes… Já cansaram o povo brasileiro.”
Também na Paulista, os manifestantes também defenderam a Lava Jato e cobraram o presidente do senado, David Alcolumbre (DEM-AP), na análise dos pedidos de impeachment, e a manutenção da prisão do ex-presidente Lula.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
https://ift.tt/341HI7A https://ift.tt/2MDXNei
Nenhum comentário:
Postar um comentário