Um balanço feito pela FioCruz apontou que as internações por problemas respiratórios graves dispararam no Brasil. O crescimento coincide com o surto de coronavírus no país.
Segundo a pesquisa, na semana do dia 25 de fevereiro, quando foi notificado o primeiro caso da covid-19, foram internadas 662 pessoas com doenças respiratórias agudas, apresentando sintomas como febre, tosse, dor de garganta e dificuldade de respirar. Entre os dias 15 e 21 de março, esse número subiu para 2.250.
Os dados são obtidos através da Secretaria de Vigilância do Ministério da Saúde e de unidades das redes estaduais, públicas e privadas. No ano passado, neste mesmo período, foram registrados 934 casos em todo o país.
Vale ressaltar que o pico de internações por doenças respiratórias graves acontece em maio, quando a temperatura está mais baixa.
De acordo com Marcelo Ferreira da Costa Gomes, da FioCruz, em janeiro e fevereiro, já havia um leve aumento nas internações em relação aos meses anteriores.
No entanto, ele ressalta que houve uma “explosão” nas últimas duas semanas, que, possivelmente, decorre do avanço do coronavírus no país.
O pesquisador explica também que nem todos os casos estão relacionados com a covid-19. Muitas doenças respiratórias de alta gravidade podem ser causadas por outros vírus, como o influenza e outros coronavírus já conhecidos.
Com a disseminação da Covid, a disponibilidade de leitos para internação tem preocupado autoridades. Em São Paulo, o estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, já está se preparando para receber pacientes infectados.
No Rio de Janeiro, o prefeito Marcelo Crivella se mostrou preocupado, principalmente com a situação dos idosos e afirmou que a cidade não tem hospitais o suficiente.
Apesar da pouca disponibilidade de leitos, o Rio de Janeiro tem intensificado a higienização dos transportes públicos, como forma de tentar frear a disseminação do vírus.
*Com informações da repórter Camila Yunes
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