O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, decidiu prorrogar por 30 dias o inquérito que apura, a partir da denúncia do ex-ministro Sergio Moro, se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal. Algumas medidas ainda estão pendentes no inquérito, que já havia sido prorrogado no início do mês passado.
A PF pediu para ouvir Bolsonaro, mas a oitiva ainda precisa ser autorizada por Celso de Mello, que é o relator do caso. Antes de decidir sobre o pedido da Polícia Federal, o ministro solicitou à Procuradoria-Geral da República que se manifeste. Apesar da prorrogação, a decisão ainda permite que as investigações continuem durante o recesso do STF.
Sobre o depoimento do presidente da República, ainda não se sabe se ele será feito presencialmente ou por escrito. O código de processo penal permite isso a algumas autoridades, além da escolha de hora, data e local.
O inquérito foi aberto após o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, anunciar a demissão e acusar Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal quando ele demitiu o então diretor-geral do órgão e cobrou a troca do comando da Superintendência no Rio de Janeiro.
Após o pedido da Procuradoria-Geral da República, o STF permitiu a investigação. Jair Bolsonaro nega ter interferido na corporação.
*Com informações da repórter Camila Yunes
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