Depois da cloroquina, foi a vez do medicamento ivermectina, usado contra piolhos e vermes, ter uma procura enorme pela população e estar em falta em muitas drogarias de São Paulo. Na última sexta-feira (24), a Anvisa definiu que o remédio só pode ser vendido caso o paciente apresente a receita médica, que terá validade de 30 dias, a partir da data de emissão, e poderá ser utilizada apenas uma vez. De acordo com o órgão regulador, o objetivo é impedir a compra indiscriminada do composto. O remédio tem sido divulgado em redes sociais como potencialmente benéfico no combate ao coronavírus.
De acordo com a doutora em microbiologia pela Universidade de São Paulo (USP ), Natália Pasternak o medicamento funcionou somente em testes preliminares “in vitro”. A especialista considera que houve uma falha na comunicação dos resultados obtidos, além de uma precipitação por parte da população. O infectologista Renato Grinbaum explica que o medicamento é seguro para combater piolhos e vermes; outras aplicações podem prejudicar o paciente. No entanto, mesmo com todas as contraindicações, o prefeito de Itajaí em Santa Catarina, Volnei Morastoni, autorizou a distribuição gratuita de 490 mil comprimidos da ivermectina. A medida foi autorizada no começo do mês.
*Com informações do repórter Victor Moraes
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