Os sinais de uma segunda onda de contaminações por Covid-19 tem deixado os governos do continente europeu em alerta. O aumento dos casos em alguns países é significativo e se fronteiras ainda não estão sendo fechadas, as restrições de viagem já começam a aparecer. A Espanha é um dos países mais afetados neste momento e o setor de turismo já sente o que está sendo descrito como temporada catastrófica. Depois da quarentena obrigatória imposta pelo Reino Unido, a França também emitiu alerta para seus cidadãos sobre viagens ao país. Na terça-feira (28), a Alemanha recomendou que as viagens não essenciais para as regiões da Catalunha, Aragão e Navarra sejam canceladas.
A questão é que a Espanha não está sozinha no aumento de casos de coronavírus nos últimos dias. Já se fala inclusive que o governo de Londres deve retirar da lista de países isentos de quarentena França e Alemanha. Também na terça. o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, reconheceu que os números de novas contaminações no continente são alarmantes. “Sejamos absolutamente claros sobre o que está acontecendo na Europa, entre alguns de nossos amigos europeus, receio que você esteja começando a ver em alguns lugares os sinais de uma segunda onda da pandemia”, disse.
Na Bélgica, por exemplo, novas medidas de distanciamento social passam a valer a partir desta quarta-feira (29). O país registrou aumento de 73% dos casos de Covid-19 na semana passada. Para evitar um novo lockdown, o governo limitou o número de pessoas que cada indivíduo pode ter contato e também reduziu o limite total de participantes em eventos realizados em locais fechados.
No Reino Unido a cidade de Leicester, no interior do país, permanece em quarentena porque ainda não conseguiu controlar o coronavírus. Por tudo isso, há o questionamento se os países europeus não retomaram suas viagens de verão cedo demais. Foi uma tentativa de salvar a indústria do turismo, que é muito importante para a região. Mas talvez o custo da retomada seja ainda mais alto. De qualquer forma, as grandes companhias aéreas aqui do Reino Unido afirmam que vão manter seus voos para o continente neste momento.
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