O governador empossado de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou em seu discurso na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que seu governo apoiará as iniciativas do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), que “promovam o progresso do Brasil”. “Vamos apoiar a reforma da Previdência, a reforma fiscal, a manutenção da reforma trabalhista, o pacto federativo e as privatizações”, disse nesta terça-feira (1°).
Segundo Doria, os parlamentares do PSDB estão engajados na “redução da maioridade penal de 18 para 16 anos e no projeto que põe fim às saidinhas de presos em datas comemorativas. “Bandido tem que cumprir pena na cadeia. E, a partir deste ano, em São Paulo, vai cumprir [pena] trabalhando”, afirmou sob aplausos.
O tucano disse também que pretende ajudar Bolsonaro “na atração de investimentos internacionais para o Brasil”. “Vamos oferecer segurança jurídica, transparência e ambiente seguro para a instalação de novas fábricas, comércios e centros de tecnologia e serviços.”
De acordo com João Doria, os trabalhos começarão já em janeiro. “Nós o incentivamos muito [Jair Bolsonaro] para que estivesse presente no Fórum Econômico Social, em Davos, na Suíça, para ali colocar o novo Brasil e as novas oportunidades de investimento em nosso país”, afirmou o novo governador paulista.
Durante sua campanha eleitoral, principalmente no segundo turno, Doria tentou pegar carona na popularidade do então candidato do PSL. Além de declarar apoio ao ex-capitão do Exército, logo após o primeiro turno, ele tentou visitar Bolsonaro no Rio de Janeiro, para demonstrar que também tinha seu suporte, em São Paulo.
Mas a tentativa foi em vão. Bolsonaro não o recebeu e Doria conseguiu apenas o apoio de da deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) e do economista Paulo Guedes.
Reconstrução do PSDB
Referindo-se, ainda, ao cenário macropolítico, Doria defendeu a reconstrução do PSDB. “Temos que ter coragem de mudar. Transformar não significa desrespeitar a história do PSDB, sobretudo aquela que foi escrita por André Franco Montouro, Fernando Henrique Cardoso, Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin”, explicou.
“Significa, sim, a necessidade de transformar em respeito ao que a população espera de seus governantes, parlamentares e aqueles que representam a legenda PSDB”, concluiu Doria.
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