O diretor do Inpe, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Ricardo Galvão, deixará o cargo apesar de ter mandato até 2020. Ele mesmo explicou que, apesar de ter sido escolhido depois de elaboração de uma lista tríplice, a decisão de mantê-lo ou não no cargo é do ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes.
Na sexta-feira (2), Galvão esteve em Brasília e foi comunicado da exoneração. Ele admite que houve problemas no relacionamento com o Governo Federal. Ele disse que é preciso aprender com os erros e afirmou também que o objetivo é evitar que o Inpe seja de alguma forma prejudicado.
O presidente Jair Bolsonaro, em julho, reclamou da divulgação de dados do Inpe que apontavam um aumento de até 88% no desmatamento da Amazônia em junho, sem que eles fossem antes comunicados aqui ao Palácio do Planalto. Ele determinou que o presidente do Inpe viesse prestar esclarecimentos.
Ricardo Galvão reagiu, confirmou os dados e afirmou, na época, que não pediria demissão. Na quinta-feira (1) o presidente voltou a reclamar da forma como os dados estavam sendo divulgados e já sinalizava a possibilidade de mexer na direção do Instituto.
O governo anunciou que pretende modernizar o monitoramento do desmatamento na Amazônia, com equipamentos mais modernos de alta resolução. Disse também que pretende investir no quadro de pessoal do Inpe.
*Com informações da repórter Luciana Verdolin
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