O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, conseguiu aprovar, nesta terça-feira (29), o projeto que antecipa as eleições gerais no país. Ao convocar a votação, que acontecerá em 12 de dezembro, o objetivo é tentar, finalmente, desbloquear o Brexit – o que deve acontecer caso um número maior de conservadores seja eleito para a bancada.
Ele teve o apoio parcial da oposição, os trabalhistas, que concordaram em chamar os eleitores às urnas depois que ficou claro que o Brexit sem acordo não vai acontecer.
Agora, cada corrente política britânica se prepara para uma campanha que promete ser tão dura quantos os debates sobre a separação da União Europeia (UE): enquanto os conservadores vão trabalhar pela defesa do acordo firmado entre Boris Johnson e Bruxelas, os trabalhistas insistem em um segundo referendo, e os liberais democratas falam em interromper o Brexit de uma vez por todas.
As médias das pesquisas feitas pelos jornais The Guardian e Financial Times indicam vantagem expressiva para os conservadores: pelo menos dez pontos percentuais a mais que os trabalhistas, o que deixaria Johnson no poder.
Mas no sistema de voto distrital, como ocorre na Grã Bretanha, isso não significa, necessariamente, que o governo terá ampla maioria na Câmara dos Comuns. Vale lembrar, também, que as pesquisas no Reino Unido costumam errar bastante – foi assim em diversas votações nos últimos anos, incluindo a que deu maioria inesperada para os conservadores em 2015.
O fato é que o destino britânico dentro da União Europeia será selado nesta nova votação – a primeira realizada no mês de dezembro desde 1923. No Reino Unido normalmente as votações ocorrem durante a primavera e verão, ou seja, no meio do ano, quando o clima é menos desagradável.
*Com informações do repórter Ulisses Neto
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