quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Nordeste tem 254 áreas atingidas por óleo; vazamento pode chegar ao Sudeste

O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, visita, nesta quarta-feira (30), os Centros Operacionais que estão coordenando as ações de combate ao vazamento de óleo no litoral do Nordeste. Ele acompanhará em Belém, Recife e Salvador os trabalhos da operação batizada de “Amazônia Azul – Mar limpo é Vida”.

Nesta terça-feira (29), o ministro fez um balanço das medidas que estão sendo tomadas e afirmou que o governo agiu rápido no Nordeste. Azevedo e Silva disse que, embora as manchas de óleo já estejam aparecendo há mais tempo, elas começaram a ser mais expressivas só no início deste mês. “A marinha tá em cima disso aí, junto com a Defesa e com os outros órgãos desde 2 de setembro. O que aconteceu? Em 2 de setembro os primeiros inícios, mas começaram a diminuir muito e só foram aparecer 2, 3, e 4 de outubro, em uma quantidade bem maior”, explicou.

Ele destacou que o governo trabalha em três frentes em relação aos vazamentos: limpeza das regiões atingidas, monitoramento e apuração de responsabilidades. Para o ministro, o vazamento de óleo está sendo um desafio maior do que os incêndios na Amazônia. “Em relação ao óleo, as investigações, também agimos rápidos, estamos com uma estrutura muito boa. É uma missão mais difícil do que a operação Amazônia Verde, a Verde Brasil. Por causa da origem desconhecida do óleo, do polidor, não temos ainda o poluidor, as investigações estão em curso.”

Azevedo e Silva afirmou, também, que o governo monitora a reserva ambiental de Abrolhos, na Bahia, para impedir que manchas de óleo cheguem à região.

Em relação às investigações, o almirante Leonardo Puntel disse que a Marinha fez um levantamento dos navios que passaram pela área marítima mais provável do derramamento de óleo. “E agora nós estamos com 30 navios de 11 bandeiras efetivamente entre as possibilidades que pudessem largar algum óleo, seja acidentalmente ou não, nessa área marítima. Então o nosso foco, agora, é tentar, nesses 30 navios, verificar qual deles – se é que foi eles – que pudessem ser os causadores dessa poluição ambiental”, disse.

Até agora, segundo o Ministério da Defesa, 254 áreas do Nordeste já foram atingidas pelo óleo. A Marinha também não descarta que as manchas possam chegar às praias do Sudeste.

*Com informações do repórter Afonso Marangoni

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