segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Grupo contra aborto continua acampamento em frente a hospital de SP

Dois grupos de manifestantes ocuparam a frente do hospital Pérola Byington, no centro de São Paulo, neste fim de semana. Ligado a uma igreja católica, um dos grupos faz protestos contra o aborto e está acampado no local há mais de um mês.

Os manifestantes estenderam faixas com dizeres como “rezando pelo fim do aborto”, “a vida começa na concepção” e “sou a favor da vida”.

O hospital Pérola Byington é do Governo do Estado e é referência em atendimento a mulheres vítimas de violência. O local pode realizar abortos em casos de estupro, gestação de fetos anencéfalos ou gravidez com risco de morte para a mãe – todos previstos em lei.

Na semana passada, os ativistas pró-vida teriam agredido uma mulher vítima de estupro. Segundo a policia e testemunhas, a mulher teria ido conversar com os manifestantes e contar sua história.

Após o episódio, o outro grupo, que defende o direito das mulheres ao aborto legal, também passou a ocupar a frente do hospital.

Favorável à interrupção da gestação em casos de abuso, a assistente comercial Carla Cabral afirma que o objetivo é evitar que as pacientes sejam constrangidas.

“Nosso movimento é pacífico, não viemos aqui para arrumar confusão ou brigas. Viemos defender essas pessoas que tem direito, que já passaram por um processo complicado de violência sexual.”

A reportagem tentou conversar com os manifestantes contrários ao aborto, mas eles não quiseram se pronunciar. A expectativa é que o grupo permaneça em frente ao Pérola Byington até o dia 3 de novembro em uma campanha de vigília e oração.

Funcionários do hospital afirmam que as manifestações não afetaram os atendimentos, mas temem que mulheres vítimas de violência se sintam intimidadas.

Até este domingo, nenhum outro episódio de violência havia sido registrado e os protestos seguiam de forma pacífica. A Policia Militar permanece no local para evitar confrontos.

*Com informações da repórter Victoria Abel

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