O presidente do Chile, Sebastián Piñera, anunciou, na manhã desta quarta-feira (30), que o país não irá mais sediar o encontro da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec, na sigla em inglês), que estava marcado para novembro. Ele também cancelou a 25ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas da ONU, (COP 25), que aconteceria em dezembro.
“Nosso governo, com muito pesar, decidiu não realizar a cúpula da Apec em novembro, nem a cúpula da COP25. Sentimos e lamentamos profundamente os problemas e inconvenientes que essa decisão significará para a Apec e a COP”, afirmou Piñera.
O anúncio vem em meio aos intensos protestos que assolam o país e levaram a popularidade do presidente chileno aos menores níveis desde a redemocratização.
Protestos
De acordo com um relatório divulgado nesta terça-feira (29) pelo Ministério da Justiça e Direitos Humanos chileno, 20 pessoas já morreram nos protestos. Além disso, centenas de pessoas ficaram feridas e 9.203 foram presas. O balanço inclui dados de mortes e feridos contabilizados a partir de 19 de outubro, quando começaram os atos, e segunda-feira (28) de manhã.
O Instituto Nacional de Direitos Humanos (NHRI) apresentou queixas para investigar os casos de cinco mortes causadas pela ação de agentes do Estado, além de outras 18 por violência sexual, 54 por tortura e mais der 50 por supostas detenções ilegais.
*Com informações das Agências Estado e Brasil
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