A indústria de máquinas e equipamentos comprova o baixo investimento no Brasil em 2019. Em setembro, o faturamento cresceu apenas 0,1%, mantendo, praticamente, uma estabilidade sobre agosto, na casa de R$ 7,5 bilhões. Já no acumulado ano, o setor cresceu 1,2% em relação a 2018, ainda a espera da retomada do crescimento no país.
A gerente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Maria Cristina Zanella explica os números. “Para uma economia que ficou cinco anos praticamente sem investir, que a gente tem acumulado um volume de estoque de capital muito baixo, então estamos precisando de um investimento mais forte, o que não está se configurando ainda neste ano.”
Segundo ela, os juros altos ainda são o maior entrava para essa retomada, mesmo com a taxa Selic baixa – em 5,5% ao no. “Hoje, quem depende de capital de terceiros, de capital que é pego junto ao sistema financeiro, está pegando, ainda, de juros ao redor de 18%, 20% ao ano. Então isso inviabiliza ainda um pouco o negócio. A gente passa a concorrer com taxa de juros menores para quem quer investir – por exemplo, se eu quero colocar o dinheiro em títulos públicos ou na produção, a Selic, hoje, torna viável produzir. Mas para quem depende de mercado financeiro para poder alavancar seus negócios, ainda está prejudicado.”
Com a desaceleração mundial, as exportações estão em baixa e o mercado interno cresceu 6% no acumulado do ano, fator fundamental para a elevação de 1,2% do faturamento de janeiro a setembro.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
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