segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Votação nos EUA vai muito além da presidência: o que mais os americanos podem decidir

Não é só o próximo presidente dos Estados Unidos que os americanos vão escolher nesta terça-feira, 3. Os eleitores também vão decidir quais senadores, deputados, governadores e prefeitos vão representá-los pelos próximos quatro anos. Estão em jogo 35 das 100 cadeiras no Senado, assim como todas as 435 vagas na Câmara dos Representantes. Além disso, 13 governadores e dezenas de prefeitos serão eleitos. Os eleitores também vão votar em pelo menos 120 plebiscitos, realizados em 32 estados. A professora de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP) Maristela Basso lembra que, nos Estados Unidos, cada estado tem competência para criar as próprias leis. “Os estados aproveitam esse período de eleição para levar à população perguntas para fazer avançar a legislação. Fazer avançar em temas que o parlamento regional, parlamento estadual, a assembleia regional não se acha em condição de decidir sozinha precisa ouvir o povo, precisa ouvir a população”, explica Maristela.

Os temas dos plebiscitos variam desde legalização da maconha, acesso ao aborto até medidas para reverter injustiças raciais. Em um ano marcado pelos protestos contra a morte de George Floyd, muitas iniciativas se referem a questões levantadas pelo movimento Black Lives Matter, que em tradução livre significa Vidas Negras Importam. Rhode Island, por exemplo, deve decidir se aceita mudar o nome oficial do estado para retirar uma referência às plantações onde as pessoas negras eram escravizadas. Nebraska e Utah votam para decidir se retiram das constituições estaduais trechos que se referem à escravidão como uma punição por crimes.

*Com informações da repórter Nicole Fusco

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