Assim como em grandes cidades, municípios do interior convivem de maneira intensa com a falta de estrutura e, em muitos casos, a completa inexistência de leitos de UTI. Com o avanço da Covid-19 por todo o Brasil, ele sobrecarrega os sistemas de saúde já despreparados.
No interior de São Paulo, 39 cidades se uniram para estabelecer ações de enfrentamento da doença. Segundo o prefeito de Bauru, Clodoaldo Gazzetta (PSDB), um esquema foi desenvolvido para fiscalizar o cumprimento da quarentena.
Em Colatina, município do interior do Espírito Santo com mais casos confirmados da Covid-19, as medidas de restrições foram mais rígidas que o próprio decreto estadual. Segundo o prefeito, Sérgio Meneguelli (Republicanos), novas regras foram criadas além das medidas de isolamento.
A Fundação Oswaldo Cruz aponta que a tendência de interiorização do coronavírus está aumentando desde o início de maio e pode gerar mais pressão sobre grandes centros. Para o médico infectologista, Renato Kfouri, a falta de estrutura médica em cidades do interior contribui de maneira significativa para o agravamento da pandemia.
O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, já admitiu que a interiorização do contágio no país é uma questão inevitável e ainda está apenas começando. Ele ressaltou que o Brasil está caminhando para a terceira etapa da pandemia: a de trabalhar com os impactos no interior, depois de capitais e regiões metropolitanas.
*Com informações da repórter Letícia Santini
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