Foram meses de espera e o percussionista Luiz Augusto de Lima estava contando os dias para fazer o que mais gosta. Mas, para a volta presencial, o Samba do Trabalhador precisou mudar o formato das apresentações. A roda, que acontece há mais de 15 anos, está proibida — o público não fica mais ao redor dos músicos. Agora, os artistas vão se apresentar em um palco de frente para a plateia em formato de show. E os ingressos serão vendidos antecipadamente pela internet.
Para Moacyr Luz, músico e fundador do grupo, está longe de ser uma roda de samba carioca. “É uma coisa meio de concerto, né, não tem a naturalidade da roda. Mas o samba tá rolando, né?”, disse. A médica infectologista Melissa Valentini ressalta a importância de manter os cuidados. “A pandemia não acabou e pelo o que estamos vendo não vai acabar tao cedo. A gente precisa do apoio da população para que entenda a importância de manter esses cuidados, né?”
Para a frequentadora de carteirinha Cristina Barreto, de 39 anos, a volta do samba do trabalhador é um alívio em meio a pandemia. “A união de um povo, defesa de uma tradição. Traz uma alegria imensurável. Estar aqui é uma questão de saúde mental, sabe?” O evento, que acontece nas tardes das segundas-feiras, só poderá receber 50% da capacidade máxima de lotação.
*Com informações da repórter Hanna Beltrão
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