O deputado federal eleito Alexandre Frota se prepara para assumir seu primeiro cargo público da vida a partir de fevereiro e já espera encontrar um ambiente bem difícil em Brasília. “A Câmara dos Deputados é a verdadeira pornografia. Lá que estão os cafetões, os atores e atrizes pornô”, disse o ex-ator em entrevista ao Pânico desta sexta-feira (30).
O novo parlamentar admitiu que as coisas não serão fáceis na Casa e pediu paciência para a população. “Vai ser uma guerra, serão dias difíceis. Peço que as pessoas tenham paciência com esse novo governo”, disse Alexandre Frota. “Conseguimos limpar boa parte daquele Congresso, mas ainda ficou muita gente.”
Apesar de ser do PSL, partido do presidente eleito, Jair Bolsonaro, Frota prometeu que não irá votar a favor de todas as propostas do capitão reformado. “Eu sou pró-Bolsonaro, mas não serei fantoche dele”, disse. Entretanto, eles concordam em muitas posições, como o excludente de ilicitude para a polícia. “A polícia tem que ter respaldo político. O povo quer justiça, não aguenta mais ser assassinado, roubado, esculachado nas ruas”, afirmou. “Tem que ser tolerância zero.”
O futuro deputado ainda reclamou do politicamente correto, que, segundo ele, está deixando o país “muito chato”. “No carnaval, as mulheres estavam com placa não me toque. Você colocar a mão no ombro de uma mulher é estupro, é assédio sexual”, disse.
Polêmica com o filho
Pouco antes das eleições, Alexandre Frota se envolveu em uma polêmica com seu filho, Mayã, que o criticou por ser ex-usuário de drogas e ex-ator pornô. “Eu confesso que isso me chocou, foi uma semana antes da eleição e veio de um cara que teve a oportunidade de falar isso antes”, admitiu.
Ele confessou que teve problemas para pagar a pensão alimentícia do filho, que nasceu em 1998. “Enquanto eu estava por cima, paguei a pensão, mas quando fiquei sem emprego, foi difícil pagar”, disse. “Para me virar, fui fazer filme pornô”, continuou. “Qual é o crime que cometi de ter feito um filme pornô?”.
O deputado eleito também comentou o seu problema com drogas e disse que o filho deveria ter orgulho dele por ter vencido o vício. “Perdi tudo com droga, fui ao fundo do poço. Mas eu me resgatei”, contou, reclamando que o Brasil não tem uma política eficiente contra as drogas. “Ou você vai para uma clínica que você paga R$ 150 mil por mês ou para uma onde você enlouquece lá dentro. Ou você vai morrer ou vai se tornar um zumbi”, reclamou.
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