sexta-feira, 30 de novembro de 2018

No G20, EUA, México e Canadá assinam acordo que substitui o Nafta

Estados Unidos, México e Canadá assinaram nesta sexta-feira o acordo comercial conhecido como T-MEC,ou USMCA, como é conhecido em inglês, que substitui o Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês). O representante de Comércio Exterior dos EUA, Robert Lighthizer; o secretário de Economia do México, Ildefonso Guajardo; e a ministra das Relações Exteriores do Canadá, Chrystia Freeland, assinaram o pacto em Buenos Aires, em paralelo à Cúpula de Líderes do G20.

A assinatura aconteceu depois que os presidentes de EUA, Donald Trump, México, Enrique Peña Nieto, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, fizeram discursos e firmaram um documento simbólico no qual instruíam seus ministros a assinarem o tratado comercial.

O presidente americano foi quem apresentou o novo pacto como uma nova forma de negociação do Nafta que ele considerava como um “desastre”. O antigo acordo vigorava desde 1994 e engloba US$ 1 trilhão anuais em trocas comerciais

Embora México e Canadá tivessem exigido como requisito para assinar o pacto a isenção das tarifas de 25% às importações de aço e de 10% às de alumínio impostas pelos EUA, finalmente aceitaram firmá-lo sem obter esta concessão dos americanos.

Jesús Seade, o chefe negociador do gabinete de López Obrador, disse à Agência Efe que espera que ainda “este ano” seja possível chegar a um acordo para que os EUA suspendam essas tarifas.

Entre as mudanças mais importantes do novo acordo está a regra de que pelo menos 75% das partes dos automóveis devem ser fabricadas na América do Norte, enquanto o Nafta estabelecia um percentual de 62,5.

Além disso, entre 40% e 45% do veículo deverá ser produzido por trabalhadores que ganham pelo menos US$ 16 por hora.

O acordo também oferece maior acesso ao mercado canadense aos produtores americanos de laticínios, e inclui novas determinações sobre comércio digital e propriedade intelectual.

Vale lembrar que o acordo precisa ser ratificado pelo congresso dos três países para entrar em vigor.

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