O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou que o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia quer diminuir exportações brasileiras e indicou que não deve participar das discussões do jeito em que estão. “Não é um ‘não’ definitivo, nós vamos negociar.”
“A partir do momento em que querem diminuir a quantidade de exportáveis nossos, logicamente [o acordo] não pode contar com o nosso apoio”, disse o futuro presidente. Há 20 anos em debate entre os blocos econômicos, o projeto estaria prestes a sair do papel.
A manifestação de Bolsonaro é uma resposta ao presidente da França, Emmanuel Macron, que deixou claro na quinta (29) a realização do pacto dependeria da participação de todos os países no Acordo Climático de Paris, ao qual o brasileiro seria contrário.
“O Macron está defendendo a França”, declarou Bolsonaro, indicando certo oportunismo na declaração europeu, que também pediu equilíbrio nas relações comerciais. “Esse acordo atinge interesses da França, um país também voltado para o agronegócio.”
Com a declaração, Jair Bolsonaro indica que não fará acordos que prejudiquem o agronegócio brasileiro, apesar de ter sido incentivado a se manifestar favoravelmente ao acordo pelo presidente da Argentina, Mauricio Macri, com quem debateu o assunto.
“Conversei com nosso futuro ministro do Itamaraty [Ernesto Araújo] e ele nos recomendou um pouco mais de prudência para não perder mercado.” O parlamento europeu está trabalhando para finalizar o acordo intercontinental ainda na gestão do presidente Michel Temer.
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