O governador eleito do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), afirmou que a defesa do meio ambiente não pode “estar à frente” do desenvolvimento do ser humano. Ele também criticou a “interferência ideológica” que algumas organizações fazem e que impedem, segundo ele, que os investimentos avancem.
“Não é possível em pleno século 21, onde existem saídas sustentáveis, alguém colocar uma árvore à frente do desenvolvimento do ser humano”, disse ele sobre o porto de Pontal, cidade litorânea do estado. Ratinho Junior foi um dos convidados do Jovem Pan Mitos e Fatos, que trazia o tema “O Futuro do Paraná” nesta quinta-feira (29).
O novo governador também criticou a concessão de licenças ambientais. “Hoje, para abrir um posto de combustível [a espera para conseguir a] licença é de dois anos. Nós queremos mexer nisso. Queremos criar o despachante ambiental”, disparou. “O Paraná tem 400 granjas de suínos esperando licenças, isso é no mínimo 3 mil empregos diretos”, criticou.
Apesar das dificuldades, segundo ele, o Paraná “está em um ambiente político favorável desde o fim das eleições. “Hoje temos três senadores alinhados com o [nosso] governo”, comemorou.
Turismo será um dos pilares do novo governo
Ratinho Júnior também falou sobre um dos pilares da sua campanha, o turismo. De acordo com ele, a pasta vai começar o ano focando em projetos voltados para o carnaval. Ele admite que o estado não consegue competir com São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco, mas afirma que é possível atrair um outro público para o estado.
“Nós não vamos disputar o carnaval com São Paulo e Rio de Janeiro. Por que não convidamos essas pessoas para vir para Curitiba? ”, pontuou. Ele aposta que a saída é “trabalhar com criatividade” e investir em turismo interno. “O turismo é a maneira mais barata de se gerar emprego no mundo”, disse. “Eu não estou falando aqui de [turistas] chineses, estou falando de [trazer] gente de são Paulo, do Rio Grande do Sul. Temos que preparar o ambiente [para receber os turistas brasileiros]”, defendeu.
Segundo o governador eleito, o estado tem um grande potencial para o setor, mas que é inexplorado. “Foz do Iguaçu é o segundo ponto turístico do Brasil e não temos um aeroporto com voos internacionais [próximo]”, criticou.
Perguntado ainda sobre a capacidade hoteleira do estado, ele garante que o setor vai bem, mas ressalta que “há regiões em que precisaremos fomentar isso. O mais importante é convidar [os turistas]. O investidor vem onde há demanda”.
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