O presidente eleito Jair Bolsonaro voltou a criticar, nesta sexta-feira (30), o indulto natalino que pode ser concedido a condenados neste ano. A proposta por Michel Temer está em pauta no Supremo Tribunal Federal (STF), que já tem maioria favorável à medida.
“Não é apenas para a questão de corrupção [que há problema no indulto]. Qualquer criminoso deve cumprir sua pena de forma integral. Se não houver punição, ou se a punição for branda, isso é um convite à criminalidade”, afirmou.
O indulto é o perdão presidencial a crimes que não envolvem violência, assinado uma vez ao ano, perto das festas de fim de ano. “Já que indulto é um decreto presidencial, a minha caneta continuará com a mesma quantidade de tinta até o final do mandato.”
Segundo Bolsonaro, seu governo terá medidas para endurecer penas de criminosos e não deixá-los em liberdade. “Essa é a nossa política e é isso que eu acertei com Sérgio Moro”, destacou. O ex-juiz da Operação Lava Jato foi indicado para o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Sem pena e mais pena
Em evento na Escola de Especialistas da Aeronáutica, em Guaratinguetá (SP), o futuro presidente também defendeu penas mais pesadas para criminosos. “Ter segurança significa não ter pena de bandido, muito pelo contrário. Você tem que dar mais pena para ele.”
‘Se houver indulto, será o último’
Na quarta-feira (28), Bolsonaro já havia se manifestado contra o indulto. No Twitter, escreveu: “Pegar pesado na questão da criminalidade foi um dos nossos principais compromissos. Garanto a vocês, se houver indulto neste ano, certamente será o último.”
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