O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou nesta sexta-feira (30) que a investigação da Polícia Federal sobre os “entraves” em relação a apuração do caso Marielle rompe a blindagem de uma “coalização satânica” que existe entre o crime organizado, agentes públicos e políticos no Rio de Janeiro.
Ele não deu novos detalhes sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrida em março, mas voltou a dizer que havia uma “metástase” entre crime organizado e corrupção e que a intervenção federal, que se encerra em 31 de dezembro, deixará um legado ao “reestruturar” a área de segurança do Rio.
Repasse
Nesta sexta, o ministro anunciou o repasse de R$ 20 milhões do Gabinete de Intervenção Federal para o Centro Integrado de Segurança Marítima (Cismar), da Marinha. O dinheiro será usado na aquisição e instalação de equipamentos para monitoramento da Baía da Guanabara e de todo o litoral fluminense.
Esse é um projeto-piloto que pode ser expandido para todas as fronteiras, inclusive lagos e rios, como as bacias do Paraná e Amazônica e a Tríplice Fronteira.
O objetivo da integração é impedir a entrada e a saída de drogas e mercadorias, inclusive de armamentos, no País. “Estamos fechando o mar para o crime organizado. Esse sistema deverá estar integralmente funcionando no segundo semestre do próximo ano”, previu.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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