A cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC) elaborou um plano para assassinar Antonio Ferreira Pinto, ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo. O crime seria uma espécie de retaliação da facção criminosa contra o governo por conta do anúncio de transferência de líderes do grupo de penitenciárias estaduais para o sistema prisional federal.
De acordo com a Polícia Militar, o plano foi descoberto há cerca de 20 dias através da interceptação de comunicações entre integrantes da organização. Desde então, Ferreira Pinto está sob proteção. A PM são informou se outras autoridades estão sob ameaça.
Por que Antonio Ferreira Pinto
Procurador de Justiça, Ferreira Pinto dirigiu a secretaria entre 2009 e 2012. Antes foi secretário da Administração Penitenciária de 2006 a 2009. A facção escolheu direcionar o plano a ele por uma questão simbólica: na época, ele decidiu pela primeira vez enviar ao sistema federal líderes do grupo envolvidos em assassinatos de agentes públicos no estado.
As transferências
Roberto Soriano, o Tiriça, e Francisco Antônio Cesário da Silva, o Piauí, estavam entre os primeiros transferidos. Anos depois foi a vez de Abel Pacheco de Andrade, o Vida Loka.
O motivo da retaliação ao ex-secretário veio na semana passada, quando parte do segundo escalão do PCC teve a transferência a prisões federais deferida pela Justiça com base em dados da Operação Echelon, em que o Ministério Público Estadual investigou a atuação da chamada Sintonia dos Estados e outros países, setor responsável pelo controle da facção fora de São Paulo. O grupo era acusado de ordenar dezenas de homicídios de bandidos rivais e atentados contra agentes penitenciários federais.
Outro pedido de transferência da cúpula está sendo preparado pelo Ministério público Estadual, que quer mandar o líder máximo do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, para o sistema federal. Recentemente, inclusive, a polícia descobriu um plano cinematográfico da facção para resgatá-lo.
Outros planos de assassinato
O atentado contra Ferreira Pinto não é o primeiro preparado pela facção este ano. Antes do primeiro turno das eleições, a Polícia Federal havia interceptado gravações que mostravam que os bandidos planejavam ações contra autoridades, órgãos públicos e integrantes do sistema penitenciário federal. O motivo era a suspensão de visitas íntimas de membros das organizações criminosas detidos nas penitenciárias federais.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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