O presidente Jair Bolsonaro conversou por telefone, nesta terça-feira (26), com o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o vazamento de investigação por parte da Receita Federal. Auditores fiscais estão apurando supostas irregularidades que teriam sido cometidas por Gilmar e familiares do ministro.
As apuração ainda envolve outros agentes públicos. Na ligação, o presidente teria dito que estava preocupado com o ocorrido e pediu ao ministro sugestões de medidas para solucionar a crise. A conversa foi intermediada pelo secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, que se reuniu com Gilmar nesta tarde, em Brasília.
Além de Mendes, também está na mira da Receita Roberta Rangel – esposa de Dias Toffoli, presidente do Supremo. Ela foi alvo de investigação preliminar. A análise dos dados não resultou na abertura de um procedimento formal de fiscalização. Até 2007, Toffoli foi sócio de Roberta no escritório de advocacia Toffoli & Rangel Associados.
Em 2018, a Receita criou a Equipe Especial de Programação de Combate a Fraudes Tributárias com o objetivo de fazer devassa em dados fiscais, tributários e bancários de agentes públicos ou relacionados a eles e chegou a 134 nomes. Da relação, constam ainda Blairo Maggi, ex-senador e ex-ministro da Agricultura no governo Michel Temer, o desembargador Luiz Zveiter e o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral Marcelo Ribeiro.
A inclusão na lista de investigados não significa que o agente público tenha cometido irregularidade, mas que passará por uma análise mais acurada dos auditores fiscais. No documento em que estão listados os nomes dos alvos, o Fisco diz que “cada situação analisada pode ter uma situação particular, não havendo uma fórmula única nem um conjunto de indícios determinados para decidir-se pela abertura de um procedimento fiscal”.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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