A reforma tributária não sai em 2020 – ano de eleição. É essa a avaliação do ex-deputado e autor de um dos projetos que tramita no Congresso, Luiz Carlos Hauly. A proposta dele institui o IVA no Brasil.
“Eu afirmo categoricamente: se não aprovar a reforma tributária esse ano, o crescimento do PIB do ano que vem não passa de 1%. Se aprovar a reforma, em vez de 1,8% vai ser 3,6% – o dobro. O empresariado brasileiro está esperando a reforma tributária na linha que estamos propondo. A criação de um IVA, do imposto de renda e imposto patrimonial”, afirma Hauly.
O empresário Flávio Rocha, da Riachuelo, defende uma mudança radical no modelo tributário brasileiro. “O novo imposto é a tributação dos fluxos financeiros, do pagamento. Não é tributar a riqueza nem quando ela é ganha, nem quando é gasta, nem quando ela é guardada. Mas tributar quando ela se move.”
A reforma não avança pela disputa ferrenha pelas verbas entre Estados e a União. O diretor da Instituição Fiscal Independente do Senado, Felipe Salto, reforça o dilema. “A PEC 45 da Câmara, e mesmo a 110 do Senado, fazem isso: é simplificar. Unificar tributos e melhorar a vida de quem trabalha e produz.”
O presidente da Abimaq, João Marchesan, reforça que o setor produtivo aguarda a alteração tributária ainda em 2019. “O Brasil precisa voltar a investir urgente na formação bruta de capital fixo, que é investimento sobre o PIB. Precisa começar a crescer.”
Dentro do 5º Congresso da Abimaq, que discutiu os cenários para a indústria de transformação, o economista Bernard Appy – que embasa a proposta do presidente da Câmara, Rodrigo Maia – divergiu totalmente em relação ao empresário Flávio Rocha. Porém, ele evitou falar aos jornalistas na saída.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
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