O projeto de reforma da Previdência mexeu com a Assembleia Legislativa de São Paulo. O tédio acabou na Casa e servidores engrossaram o coro da oposição, além da base governista ter se dividido diante do impacto na vida dos funcionários públicos.
O projeto do governador João Doria é considerado mais duro em relação ao texto do presidente Bolsonaro, aprovado pelo Congresso.
O deputado Gilmaci Santos (PR) foi nomeado relator especial para análise de 151 emendas apresentadas pelos parlamentares na proposta original do executivo.
O deputado Campos Machado, do PTB, ressalta a agilidade do colega. “Os senhores acreditam que o deputado Gilmaci Santos, nomeado relator especial, em menos de meia hora conseguiu analisar 151 emendas. Deus te ilumine, meu caro. Realmente vossa excelência tem uma capacidade imensa de trabalhar. Quando ele dorme, ele pensa nas emendas.”
A proposta eleva de 11% para 14% a contribuição dos funcionários, da ativa e inativos, e descarta gratificações e quinquênios nos cálculos. O PT, de Beth Sahão, enxerga na discussão da Previdência uma forma de mobilização no discurso da esquerda.
“Quando eles vem fazer a crítica ao projeto, ele falam o seguinte: ‘Tem servidor que ganha uma fortuna’. Eu quero que tragam o servidor que ganha uma fortuna! Porque a maioria absoluta ganha pouco.”
E os ânimos estão mesmo acirrados na Alesp. A deputada Janaina Paschoal, PSL, cobra o líder do seu partido, o colega Gil Diniz, pelo alinhamento ao PT na votação do reajuste de 5% para a polícia.
O projeto da reforma da Previdência novamente não passou pelo Congresso de Comissões, Constituição e Justiça, Administração Pública e Finanças para agilização do processo.
O Governo pretende encerrar o assunto ainda em 2019 diante de um ano eleitoral em 2020 – e emplacar o texto original na Casa, que se mostra reticente, nesse momento, ao modelo.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
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