terça-feira, 26 de novembro de 2019

‘Não temos o menor interesse na consulta do TSE’, diz secretário do Aliança pelo Brasil

O secretário-geral do Aliança pelo Brasil, Admar Gonzaga Neto, disse, nesta terça-feira (26), que a legenda. “não tem o menor interesse” na decisão que será tomada, ainda hoje, pelo plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sobre a liberação de assinaturas eletrônicas para formar um partido. Em entrevista ao Jornal da Manhã, ele esclareceu que não é esse o método que nova sigla procura, mas sim o da biometria.

“O que acabou acontecendo foi uma grande confusão a esse respeito. Na verdade, essa consulta que sera respondida hoje pelo TSE não nos interessa, em absoluto, porque trata de certificação de assinaturas digitais, que é aquela que você faz por meio de token, para espetar no computador, e aí tem um custo elevado e demandaria outro tipo de trabalho. Isso só aumentaria o percurso que precisamos percorrer, caminhar, para a certificação desses apoiamentos [para o Aliança pelo Brasil]”, disse.

“O que dissemos lá atras não foi isso, mas sim sobre assinatura de biometria. Aí veio o primeiro falar que era meio eletrônico, ai virou assinatura eletrônica, foram atrás de uma consulta, achando que era nosso objetivo, masa consulta não é nossa. O pedido foi feito, na verdade, pelo MBL [Movimento Brasil Livre], se não me engano, que tinha esse interesse, mas nós não temos o menor interesse nessa consulta, com todo respeito”, esclareceu.

De acordo com ele, o melhor método para que o partido recolha as assinaturas necessárias para sua criação oficial é o biométrico. “É mais barato, demanda menos esforço e um custo muito menor da Justiça Eleitoral e está aí, não teria custo. Nós desenvolveríamos o sistema e ele só precisaria conversar com a Justiça Eleitoral para saber se o dedo [da biometria] confere.”

Neto explica que, desse modo, além da economia de dinheiro, o tempo gasto seria infinitamente menor – o que possibilitaria, até, que o Aliança pelo Brasil disputasse as eleições 2020. “Podemos, em um mês e meio, colocar 2 milhões de assinaturas [físicas] no colo da Justiça Eleitoral, nos cartórios de todo o Brasil. Mas e aí? A Justiça Eleitoral também passou por redução do orçamento, cortes no pessoal”, disse, acrescentando que o órgão não teria a mão de obra necessária para verificar todas as assinaturas a tempo.

“Eu já fui da Justiça Eleitoral, já fui ministro do TSE e conheço a disposição e seriedade deles, confio na Justiça Eleitoral. É emocionante a forma como se dedicam ao trabalho, mas tudo tem limite. Há um caso em que as assinaturas foram devolvidas porque a Justiça não tem material humano para fazer a verificação, que deveria acontecer dentro de 15 dias”, continuou.

“E a população vai ser prejudicada por isso, querendo votar nos candiadatos de 2020? Eu não tenho dúvida nenhuma de que, se as assinaturas forem biométricas, vamos recolhê-las em semanas. Agora, se for para a assinatura fi´sica, aí teremos um problema de tempo, que não será nosso”, finalizou o secretário.

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