A Câmara dos Deputados do Chile aprovou nesta quarta-feira (27), por unanimidade, reduzir em 50% o salário das autoridades mais altas do estado. Isso inclui o presidente, os ministros, subsecretários, governadores e os próprios parlamentares.
A medida é uma resposta do presidente, Sebastián Piñera, que tenta conter os protestos, que acontecem há mais de seis semanas no país. Agora, o projeto deverá ser aprovado pelo Senado.
No mesmo dia, o presidente convocou uma reunião de emergência com ministros na sede do governo. O objetivo do encontro era discutir a violência nas manifestações, que está alcançando níveis que não eram vistos desde o retorno da democracia, em 1990.
Até agora, mais de 20 pessoas morreram e quase três mil ficaram feridas em decorrência dos protestos. Por isso, Piñera pediu urgência na aprovação, no Congresso, dos quatro projetos de sua agenda de segurança para conter a violência.
Apesar dos alertas em relação aos excessos na repressão e do reconhecimento de violações aos diretos humanos, uma das medidas propõe a punição mais rigorosa à desordem pública.
Cúpula do Clima
O Chile sediaria a Cúpula do Clima (COP25) neste ano, mas desistiu logo após o começo dos protestos. A Espanha, então, assumiu o posto.
Mesmo sem sediar o evento e embora seu país ocupe a presidência da reunião, Piñera não participará da cúpula, que será realizada a partir da próxima semana (entre 2 e 13 de dezembro), em Madri.
A confirmação da ausência de Piñera foi feita, nesta quarta-feira (27), pela ministra do Meio Ambiente do Chile, Carolina Schmidt. dezembro.”Piñera não virá para a COP, ele transmitiu a urgência do trabalho no Chile, então ele ficará lá”, disse a ministra chilena.
*Com informações da repórter Letícia Santini e da Agência EFE
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