sexta-feira, 29 de maio de 2020

Boris Johnson libera ‘visitas a amigos e parentes’ a partir de 1º de junho na Inglaterra

Os britânicos respiram um pouco mais aliviados nesta sexta-feira (29) depois que o governo relaxou um pouco mais as regras de quarentena no país. Já são nove semanas em isolamento social e, com a queda drástica nas estatísticas de covid-19, a Inglaterra vai se abrindo aos poucos.

Na quinta-feira (28) o primeiro-ministro Boris Johnson anunciou que as visitas a amigos e parentes estarão liberadas a partir da próxima segunda-feira (1º). As regras, no entanto, determinam que as reuniões só poderão ocorrer em áreas externas como jardins e pátios e com no máximo seis pessoas.

Na prática isso significa que os churrascos estão liberados, como celebram os tablóides londrinos. As escolas também vão retomar suas atividades parcialmente a partir de segunda, assim como o comércio que será retomado nas semanas seguintes.

Até o futebol já tem data marcada para o regresso — no dia 17 de junho Manchester City e Arsenal e Aston Villa e Sheffield United vão marcar o retorno da Premier League depois de quase três meses de suspensão.

A data ainda é provisória porque depende da regulamentação do governo — e também da evolução dos casos de coronavírus. Mas os clubes do Campeonato Inglês chegaram a um acordo para retomar o calendário e finalizar a temporada com bola rolando.

As partidas serão com portões fechados, mas todas terão transmissão na TV e boa parte será de forma gratuita, algo raro na Inglaterra. Ainda falta definir onde os jogos serão disputados — alguns podem acabar em campos neutros.

As autoridades locais temem que os torcedores acabem se aglomerando nas portas dos estádios, sobretudo os do Liverpool. O tradicional time do norte da Inglaterra já é o campeão virtual deste ano — na primeira vez que o clube conquista a Premier League em sua história.

E como a torcida local é uma das mais apaixonadas do país, existe o temor de que as celebrações do título acabem criando um novo foco de transmissão. A verdade é que apesar de todo o otimismo e sensação de alívio por aqui, o coronavírus ainda é uma ameaça grande para o país.

A Grã Bretanha tem registrado cerca de 54 mil novos casos por semana e o chamado número R, que é a taxa de reprodução do vírus, está perto de 1 — esse é o patamar de alerta por aqui e qualquer variação acima disso pode desencadear novas restrições.

A experiência da Coreia do Sul, que está sendo obrigada a retomar medidas de distanciamento social depois de ter aberto sua economia, é repetida com alarme nos noticiários britânicos.

Na prática a única ferramenta eficaz para controlar a covid-19 ainda é a quarentena e os britânicos fizeram o dever de casa nos últimos dois meses. Mas o esforço precisa ser preservado para que o país não volte a situação de crise como a registrada até o começo do mês.

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