Autoridades de Minnesota, nos Estados Unidos, anunciaram neste sábado (30) a mobilização de toda a Guarda Nacional (força militar da reserva) do estado, pela primeira vez na história, para reprimir os protestos contra a morte de George Floyd, homem negro que foi asfixiado até a morte por um policial branco na segunda-feira.
O governador de Minnesota, Tim Walz, comunicou em entrevista coletiva “a completa mobilização” da Guarda Nacional do estado, e explicou que esta é uma “ação que nunca foi tomada nos 164 anos de história da Guarda Nacional do estado”.
“A noite passada não se tratava da morte de George Floyd. Tratava-se de atacar a sociedade civil, instigar o medo e perturbar as nossas grandes cidades”, disse o político democrata.
Walz afirmou que “a dinâmica” dos protestos mudou desde terça-feira, quando as manifestações foram pacíficas. “Temos visto mais pessoas de fora da cidade, isto é inaceitável. Para garantir que continuaremos tendo o que é necessário, temos que garantir que mobilizaremos a maior força”, analisou.
Milhares de manifestantes protestaram nesta sexta-feira (30) em algumas das maiores cidades dos Estados Unidos, como Nova York, Washington e Atlanta, contra a morte de George Floyd, assassinado por Derek Chauvin e outros três policiais.
Em uma tentativa de conter a situação, as autoridades declararam na sexta-feira um toque de recolher noturno durante dois dias em Minneapolis e na vizinha Saint Paul, mas a medida não evitou novas manifestações.
Na mesma entrevista coletiva, o general John Jensen, chefe da Guarda Nacional de Minnesota, declarou que neste sábado mobilizará 2.500 efetivos — depois de anunciar 1.700 inicialmente –, mas destacou que a quantidade não será suficiente, por isso solicitou “recursos em nível nacional”.
Jensen revelou que pediu assistência ao Pentágono e que conversou nas últimas 24 horas com o secretário de Defesa, Mark Esper. De acordo com o general, a Guarda Nacional de Minnesota conta com 13.200 efetivos, mas nem todos poderiam ser mobilizados por falta de treinamento.
* Com EFE
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