O empresário Paulo Marinho vai entregar ainda nesta semana o seu celular para ser periciado pela Polícia Federal (PF), que investiga denúncia feita por ele de suposto vazamento da operação Furna da Onça, da Lava Jato em 2018, que teve como alvo gabinetes de deputados do Rio de Janeiro, entre eles do atual senador Flávio Bolsonaro.
Paulo Marinho prestou na terça-feira (26) o seu segundo depoimento em menos de uma semana. Dessa vez, ele foi interrogado por advogados de Brasília, que apuram eventual tentativa de interferência do presidente Jair Bolsonaro na escolha de cargos para a cúpula da Polícia Federal.
Marinho afirmou que apresentou novos elementos ao depoimento desta terça-feira. Segundo ele, os policiais solicitaram a perícia no celular dele, que vai ser entregue até a quinta-feira. “Eu trouxe o que eu tinha de outros elementos. É o episódio que dei na entrevista, eu só tenho esse episódio”, disse o empresário que não comentou quais seriam nos novos elementos apresentados.
Durante o depoimento, o advogado da família Bolsonaro, Frederico Wassef , esteve na sede da Polícia Federal e tentou acompanhar o interrogatório, mas não foi autorizado. Na saída, Frederico acusou Paulo Marinho de fazer a denúncia para tirar o foco de investigações sobre fraudes e irregularidades que vem sendo cometidas nas compras emergências da saúde.
“O objetivo disso é atingir a imagem do senador Flávio, do presidente da república e tentar misturar as coisas. É óbvio que o objetivo é cortina de fumaça”, afirmou Wassef.
Na quarta-feira (27) será a vez de um coronel, que fazia a segurança de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, prestar depoimento.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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