quinta-feira, 28 de maio de 2020

Varejo deve apostar em tecnologia e criatividade para driblar crise

Tecnologia e criatividade parecem ser as palavras-chave das empresas que estão conseguindo se manter durante a crise financeira causada pela covid-19 sem sofrer impactos irreversíveis. 

Ao que tudo indica, mesmo que a economia seja reaberta agora as atividades devem demorar para atingir os patamares anteriores. Isso porque os padrões de consumo estão se transformando. 

De acordo com o CEO da Stoq, empresa especialistas em soluções de tecnologia para o varejo, Celso Providelo, as pessoas estão mais atentas e agora devem evitar filas, aglomerações e o toque desnecessário em em superfícies compartilhadas. 

Os números confirmam isso: uma pesquisa da Toluna, que aponta o que será tendência no chamado “novo normal”, mostrou que a procura por desinfetante para as mãos e álcool em gel cresceu 94,4% durante a pandemia. Já a procura por máscara de tecido reutilizável aumentou 90%.

Celso Providelo destaca que, na retomada, as pessoas devem ter receio com painéis de autoatendimento, como em estacionamentos e cinemas. 

“Parte disso pode ser evitado com medidas de higiene e distanciamento, mas algumas coisas vão mudar para sempre. No varejo, o conceito de loja cheia e com bom movimento estar associado ao sucesso deve ser modificado”, diz.

De acordo com ele, tecnologias como o smart mirror — que projeta a compra no corpo do consumidor em uma foto — devem facilitar a vida dos compradores. 

“Não é a mesma coisa de experimentar, mas é mais seguro. As pessoas devem usar o próprio celular para acessar catálogos, cardápios e realizar pagamentos. Em um futuro, as pessoas vão passar na loja apenas para recolher a embalagem pronta.”

Mesmo com o boom dessas novas práticas, o especialista em Inovação e Negócios, Arthur Igreja, avalia que os ânimos irão se acalmar. “As coisas não voltarão a ser como eram, mas também não vai ser tudo como estamos vendo. Vai ter um caminho no meio, híbrido.”

“Vamos retomar o turismo presencial, não vai ser o fim dos escritórios, as pessoas vão querer passear. O que acontece é que quando você está mergulhado em uma pandemia, fica difícil imaginar uma vida sem ela”, diz Igreja. 

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