segunda-feira, 29 de abril de 2019

Garis aceitam reajuste sobre o salário e encerram greve no RJ

Os trabalhadores da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) aceitaram a proposta de reajuste de 4,7% sobre o salário – que terá impacto em outros benefícios mensais – discutida nesta segunda-feira (29) durante audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro. Uma greve havia sido decretada na sexta-feira (26), mas foi suspensa menos de 24 horas depois. 

Durante a audiência, a Comlurb se comprometeu em não promover qualquer tipo de retaliação aos empregados que aderiram à paralisação e também em pagar os dias parados. A procuradora do Ministério Público do Trabalho, Débora Félix, que acompanha as negociações desde o início, quando recebeu uma comissão dos empregados para tratar do assunto, disse que a sessão representou avanços para os trabalhadores.

“Eles conquistaram vários itens de conteúdo financeiro que podem ter uma representação interessante para eles, talvez o percentual que almejavam não chegou ao percentual ideal mas se aproximou. E na realidade eles estão tendo 1% a mais do IPCA que é o mesmo que várias categorias estão conseguindo. Então estão tendo um ganho real mantendo um colchão de benefícios que muitas empresas hoje não estão mais sustentando”, disse.

Em nota, depois da decisão da categoria, a empresa informou que a proposta mantém os itens de impacto econômico-financeiro como Vale Refeição, Auxílio Creche, Adicional de Coleta, entre outros que compõem a cesta de benefícios nos valores atualmente praticados conforme o Acordo Coletivo de 2018. A empresa destaca que a lista de benefícios da Companhia oferece mais de 20 itens, incluindo planos de saúde e odontológico extensivos aos dependentes. “A administração municipal reconhece a importância dos garis para a cidade do Rio de Janeiro e isso se reflete no fato de ser a única categoria que conta com reajuste salarial todos os anos, mesmo com as dificuldades financeiras atuais”, apontou.

A proposta da Comlurb incluiu ainda um cronograma para as aferições das insalubridades dos APAs (auxiliares de serviços gerais que trabalham na elaboração das merendas das escolas) e vigias. O planejamento para essas verificações segue a sugestão do Ministério Público de que sejam feitas, em pelo menos, 10 escolas por mês com equipamentos oferecidos pelo sindicato e equipe técnica da empresa. O pagamento do percentual aferido terá efeito retroativo. Outro item da proposta é que o Plano de Cargos seja concluído até agosto deste ano, retroativo a outubro de 2018.

* Com informações da Agência Brasil

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