sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Economistas cobram ação mais efetiva do governo na condução de novas reformas

Apesar do sucesso na reforma da Previdência, economistas de grandes instituições financeiras temem pela capacidade de o governo conduzir novas reformas. Para eles, o governo precisa tomar a liderança do processo de mudanças e gastar o capital político disponível durante o início de mandato.

Durante evento em São Paulo, a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, afirmou que o executivo precisa de um estrategista político à frente das negociações. “As reformas tem perda de curto prazo para alguém. No final, a sociedade ganha, mas é claro que tem perdas de curto prazo. E que são debates e negociações que tem que ser feitos e esse papel é essencialmente do poder Executivo. Você falar em fazer reforma administrativa, mudar as regras do funcionamento do setor público, difícil o Congresso Nacional, sozinho, avançar. Em uma reforma tributária também”, disse.

O mercado tem visto com dificuldade a tramitação da reforma tributária e avalia que ela não deve sair neste ano. Para empresários e investidores, o fatiamento da proposta seria uma boa opção para acelerar o processo e trazer resultados mais efetivos.

A economista-chefe do Santander, Ana Paula Vescovi, aposta na fusão do PIS e COFINS como um ponto de partida. Ela espera que o país entre em uma recuperação econômica gradual. “E o PIS/Cofins é uma urgência, uma prioridade, porque houve decisão recente do STF [Supremo Tribunal Federal] perto de ser modulada e que pode implicar, sim em uma perda relevante de receitas para a União. A reforma do ICMS passa por uma articulação com governadores, com secretários de Fazenda, é uma articulação subnacional igualmente importante, mas é de maior porte porque envolve outro entes federativos.

O banco prevê um crescimento de 0,8% neste ano, 1,6% em 2020 e 2,2% em 2021.

*Com informações da repórter Victoria Abel

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