O líder indígena Paulo Paulino Guajajara, do grupo denominado Guardiões da Floresta, foi assassinado numa emboscada realizada nesta sexta-feira (1) na Terra Indígena Arariboia, no município maranhense de Bom Jesus das Selvas. A informação foi confirmada pela Secretaria de Participação e Direitos Humanos do Maranhão.
Por meio do Twitter, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse que a Polícia Federal (PF) vai apurar o assassinato. “Não pouparemos esforços para levar os responsáveis por este crime grave à Justiça”, escreveu.
Outro líder, o índio Laércio Souza Silva, foi hospitalizado com ferimentos à bala, mas já teve alta hospitalar, de acordo com a secretaria. O outro morto seria um madeireiro que participou da emboscada. O governo do Maranhão informou ter enviado equipes de segurança e direitos humanos para proteger os indígenas na região e ajudar nas investigações.
Segundo relatos, Laércio e Paulino, que era conhecido como “Lobo Mau”, haviam se afastado da aldeia para buscar água e foram cercados por pelo menos cinco homens armados que atiraram contra eles.
No Twitter, o governador do Maranhão, Flávio Dino, disse que a competência para apurar crimes contra os direitos indígenas é da esfera federal, mas que a polícia estadual colabora com as investigações. O governo estadual também ofereceu ajuda ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para combater queimadas na região, destacou o governador.
Os secretários de Segurança Pública e de Direitos Humanos do @GovernoMA estão em Imperatriz, em reuniões sobre terra indígena Arariboia. Estamos colaborando com os órgãos federais, que legalmente são os competentes para atuação neste caso criminal.
— Flávio Dino
(@FlavioDino) November 2, 2019
Em nota, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) criticou a “ausência do poder público na proteção dos territórios indígenas”.
* Com informações da Agência Brasil
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